Penso, logo, insisto. Não dá pra parar! Preciso escrever para sentir com menos intensidade, senão dá pane.
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Do que é a vida vivida
Tudo o que é lindo, livre, louco. Do que é secreto, escandaloso, indiscreto. Do que me descabela, me entrega e me esconde. Dos olhos nos olhos, dos olhos no corpo, dos olhos nos corpos. Dois, três, quatro. Ímpar, par, todos ganham. Eu gosto do acréscimo. Aquele milésimo de segundo que separa o quase da entrega; do inteiro. Eu gosto do jogado e do certinho. Dos cheiros. Do que ama, do que apaixona, do que seduz. Da vida que se vê na cara. Da incerteza oblíqua. Das ambiguidades propositadas e da assertividade certeira. Do peito rasgado, dos braços abertos, do caminho tortuoso. Eu gosto do sim, sempre sim. Eu gosto do que não tem fim.
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